27 de março de 2011

Eleições Sporting

"Futebol com Todos: Sporting pelo poço abaixo Processo eleitoral foi uma vergonha e não deve acabar por aqui. Por: Alexandre Pereira* 27- 3- 2011 17: 2

Só quem esteve dentro da sala de contagem de votos saberá o que realmente se passou na longa madrugada das eleições do Sporting. E mesmo assim acredito que nem todos. É imprudente, e até deselegante, duvidar da palavra de pessoas com cargos institucionais que garantem ter Godinho Lopes estado sempre à frente na votação. Mas é impossível não achar que ficou algo de muito mal explicado em toda a história. Quando toda a comunicação social avançou com a informação da vitória iminente de Bruno de Carvalho isso não resultou certamente de um delírio colectivo. Quando os apoiantes da lista C se dirigiram a Alvalade não foi por impulso de inspiração estelar. Mais: quando os próprios adversários reconheceram a derrota, em público e em sobretudo em privado, não estariam a integrar de livre vontade um qualquer número de circo. Soares Franco bem avisara, logo pela manhã, que a multiplicação de listas e soluções era sinal de divisionismo, mais que de vitalidade. É difícil, neste domingo de pós-guerra, imaginar o que espera o Sporting. Anuncia-se que Bruno de Carvalho pode impugnar o acto eleitoral; provavelmente outras listas movimentar-se-ão e não é de excluir, em tese, a possibilidade de o caso ir parar aos tribunais. Entretanto o clube pára. Ou pior: prossegue a sua queda teimosa por um poço negro abaixo, sem que se perceba exactamente onde está o fundo (não, não é um trocadilho fácil com fundos de investimento). Uma coisa é certa, e já o seria mesmo antes da reviravolta das cinco da manhã: um clube da dimensão que o Sporting quer manter não pode ter um processo eleitoral tão arcaico. É uma vergonha a primeira informação oficial sobre resultados ser prestada mais de oito horas - isso, oito horas! - depois de terem fechado as urnas. Mais: Bruno de Carvalho foi ao palanque acalmar os seus apoiantes numa altura em que era tão fiável a informação da vitória de Godinho Lopes como fora, nas longas horas anteriores, a sua própria. Share Comentários Futebol com Todos Só quem esteve dentro da sala de contagem de votos saberá o que realmente se passou na longa madrugada das eleições do Sporting. E mesmo assim acredito que nem todos. É imprudente, e até deselegante, duvidar da palavra de pessoas com cargos institucionais que garantem ter Godinho Lopes estado sempre à frente na votação. Mas é impossível não achar que ficou algo de muito mal explicado em toda a história. Quando toda a comunicação social avançou com a informação da vitória iminente de Bruno de Carvalho isso não resultou certamente de um delírio colectivo. Quando os apoiantes da lista C se dirigiram a Alvalade não foi por impulso de inspiração estelar. Mais: quando os próprios adversários reconheceram a derrota, em público e em sobretudo em privado, não estariam a integrar de livre vontade um qualquer número de circo. Soares Franco bem avisara, logo pela manhã, que a multiplicação de listas e soluções era sinal de divisionismo, mais que de vitalidade. É difícil, neste domingo de pós-guerra, imaginar o que espera o Sporting. Anuncia-se que Bruno de Carvalho pode impugnar o acto eleitoral; provavelmente outras listas movimentar-se-ão e não é de excluir, em tese, a possibilidade de o caso ir parar aos tribunais. Entretanto o clube pára. Ou pior: prossegue a sua queda teimosa por um poço negro abaixo, sem que se perceba exactamente onde está o fundo (não, não é um trocadilho fácil com fundos de investimento). Uma coisa é certa, e já o seria mesmo antes da reviravolta das cinco da manhã: um clube da dimensão que o Sporting quer manter não pode ter um processo eleitoral tão arcaico. É uma vergonha a primeira informação oficial sobre resultados ser prestada mais de oito horas - isso, oito horas! - depois de terem fechado as urnas. Mais: Bruno de Carvalho foi ao palanque acalmar os seus apoiantes numa altura em que era tão fiável a informação da vitória de Godinho Lopes como fora, nas longas horas anteriores, a sua própria. Não sei se o voto tem de ser electrónico ou de braço no ar. Sei que no século XXI isto não é admissível. Presumo que o processo eleitoral esteja muito longe de terminado. E temo que Godinho Lopes reúna muito poucas condições para um mandato estável e tranquilo depois de todo este nevoeiro. A não ser que a dupla Duque/Freitas opere um milagre e a nova equipa de futebol desate a ganhar jogos, na próxima época, como cão que pisa vinha vindimada.
*Editor Desporto TVI"
Não é uma questão de mau perder como muitos querem fazer parecer, é a forma como as eleições do Sporting decorreram. Toda a comunicação social sofreu um delírio colectivo? Como podem dizer que tudo o que aconteceu não vos suscita dúvidas?

E se fosse ao contrário? Se as eleições tivessem sido assim, mas com as personagens nas posições trocadas, eu continuaria a dizer que tenho dúvidas. Mesmo que tivesse sido o Bruno, sim o candidato a que entreguei o meu voto, a ser eleito. Porque não é uma questão de quem ganhou, é a forma duvidosa de como se ganhou. Porque não é uma questão de mau perder ou mau ganhar, é uma questão de transparência. Transparência que nenhum de nós, infelizmente para o Sporting, pode dizer que houve durante esta noite, perante tudo o que aconteceu.

Mesmo que tivesse sido o Bruno a ser eleito desta forma, hoje eu estaria aqui a escrever que não quero que o Presidente do Sporting ganhe assim. E porquê? Porque isto só enfraquece o Sporting Clube de Portugal. Porque o nosso Presidente, agora, será motivo de chacota. E isto não é o Sporting.

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